A
definição da palavra é: “Mártir (do grego μάρτυς, transl. martys, "testemunha") é uma pessoa que morre por uma
causa ou fé...”.
Para muitos, a causa é o futebol. Milhões de
torcedores fanáticos pulando, gritando, chorando, brigando, se espancando,
alguns sim, até morrendo por causa de um grupo de pessoas que nem ao menos sabe
os seus nomes. Para muitos outros é a moda, o glorioso mundo da beleza. Garotas
que, ao querer refletir a perfeição photoshop
cruel das modelos que aparecem nas revistas, passam por dietas exaustivas, séries
de malhação extenuantes, ou pior ainda, se tornam vítimas da bulimia ou
anorexia.
Outros
ainda são os mártires do sucesso. Fazem de tudo e um pouco mais para saírem por
cima. É a cultura que vive o ditado: "Os fins justificam os meios".
Como consequência temos os workaholics, a depressão, o estresse (o mal
número um do século), a falta de tempo, o abandono da família, crianças
rejeitadas, adolescentes cínicos, jovens desorientados e enfim, um novo ciclo
de pessoas viciadas na "psicologia do sucesso", que supostamente dará
à nova geração a felicidade frustrada que a antiga nunca teve. Felicidade que
na verdade, fora frustrada pelo próprio sucesso.
E o que
diremos dos mártires da vida boa? Os afetados pelo "deixa a vida me levar,
vida leva eu". Pessoas que preferem morrer do que levantar um dedo
para fazer qualquer coisa. Existem meramente. Passam os seus dias de pernas pro
ar, sem trabalhar, sem se preocupar e infelizmente, no final, sem comer. Não
vou dizer que sempre são mártires ativos. Às vezes, no mundo em que vivemos
hoje, pessoas são engolidas pela sociedade.
Temos
também os mártires religiosos. Pessoas que dão até a alma para a sua igreja. Se
tornou comum ver na televisão os grandes pregadores da teologia da prosperidade,
gritando, já roucos, dizendo que se entregarmos o aluguel da casa, ou as chaves
do carro, ou o posto de gasolina seremos abençoados, e Deus abrirá as comportas
do Céu, e choverá casas e carros para todos. Que cena patética. Milhões de
pessoas, até sinceras, sinceramente enganadas fazendo do nome de Deus objeto de
escárnio para o resto do mundo.
Podemos
passar o resto do século falando dos vários mártires. Do sexo, de carros, das
lutas, da sociedade, de política, dos estudos, de empresas, dos amigos, de
comidas, dos animais, da comunicação, da popularidade, aplausos e prestígio, a
lista é eterna.
Como
podemos olhar para essa lista desesperadora, e não cair no cinismo? Não é
fácil. Será que todo ser humano é um mártir? Se for, qual causa é justa? Qual
vale o nosso tempo, a nossa vitalidade? Em uma sociedade em que tudo se tornou
relativo, onde o refletir é desencorajado, onde o "legal" é se encaixar
no molde, onde a busca suprema é o "me sentir bem" como é que
terei o bom senso de ter bom senso?!
É aí que me lembro daquelas
palavras: “Porque, se vivemos para o Senhor, vivemos; se morremos para o Senhor,
morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14:8).
A Bíblia fala sobre o martírio nos termos de viver (ou morrer) pela causa de
Cristo. Olho para o mundo e vejo tantas causas pelas quais as pessoas morrem, e
penso: “Eu não quero morrer por isso...eu não quero nem viver por isso!” A
pergunta é: por qual causa você viveria? Na verdade, por qual você morreria?
"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e o mais ele fará" (Salmo 37:5)
Salmos 37:5
Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
Salmos 37:5
Salmos 37:5
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